O chefe
da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Emerson Wendt, afirmou na quinta-feira,
11, que serão retomadas as investigações do caso da jovem de 19 anos que teve o
corpo marcado com um símbolo parecido com uma suástica em Porto Alegre. Wendt
usou sua conta no Twitter para fazer o comunicado e disse que também será
verificada a incidência de algum outro crime além da lesão corporal.
"Não
podemos deixar de analisar todas as circunstâncias que envolvem a alegada
agressão, sua motivação e como teria ocorrido", escreveu o chefe da
polícia. Ele também destacou a pressão exercida pelas redes sociais como um
fator para a reabertura do caso.
O
delegado da 1ª delegacia de Porto Alegre Paulo César Jardim, responsável pela
ocorrência, havia afirmado que a investigação estava "temporariamente
suspensa". A vítima registrou boletim de ocorrência no dia seguinte ao fato,
mas não quis levar a ação contra os agressores adiante por questões emocionais.
Como, por
enquanto, o caso vem sendo tratado como lesão corporal leve, a vítima tem o
prazo de seis meses para decidir seguir ou não com a ação. Após o registro da
ocorrência foi realizado um exame de corpo de delito cujo resultado ainda não
foi divulgado.
Caso
A jovem,
que preferiu não se identificar, afirmou em depoimento que foi atacada por três
homens na noite de segunda-feira, 8, no bairro da Cidade Baixa, na região central
de Porto Alegre. Ela voltava do curso pré-vestibular quando, após descer do
ônibus, teria sido seguida pelos homens, que a ofenderam com xingamentos
homofóbicos. Os homens teriam ainda agredido a menina com socos e,
posteriormente, dois deles a seguraram enquanto o terceiro riscava o símbolo
nazista em sua barriga com um canivete.
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